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terça-feira, 18 de outubro de 2011

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Menstruação e Desempenho Físico - O que muda para mulher?

    A menstruação sempre foi um tabu para a ciência do esporte, treinadores e atletas. Há poucas décadas, era preocupante o fato da mulher participar de competições ou treinar menstruada. Somente a partir de 1950, com a melhora na qualidade dos produtos de higiene femininos (absorventes), esse quadro mudou. Embora existam muitas pesquisas relatando como o exercício afeta a menstruação, são menos conhecidos os que analisam como a menstruação e as outras fases do ciclo menstrual interferem na performance e quais as alterações que podem comprometer o potencial físico e psicológico, não esquecendo que elas são altamente individuais. Durante o ciclo menstrual ocorrem mudanças hormonais, a menos que a mulher esteja em contracepção, e isso tem efeitos definidos no desempenho físico (JUDY DALY E WENDY EY 1996).      O ciclo menstrual é dividido em fases. Segundo BÕCKLER (apud Weineck, 2000) um ciclo de 28 dias é dividido da seguinte maneira: Fase da menstruação ou fluxo (1º ao 4º dia). Fase pós-menstrual (5º ao 11ºdia). Fase intermenstrual (12º ao 22º dia). Fase pré-menstrual (23º ao 28º dia). Ele afirma que a performance pode variar de acordo com as fases do ciclo menstrual. Na Fase Pré-Menstrual, devido à influência de um aumento nos níveis de progesterona, o desempenho pode sofrer uma redução. Já na Fase Pós-Menstrual, graças à crescente taxa de estrogênio e maior secreção de noradrenalina, observa-se uma melhora significativa na performance.
      No período pré-menstrual há redução na capacidade de concentração e fadiga muscular e nervosa mais rápida (KEUL et al 1974). Assim como acontece com as fundistas o rendimento no treinamento de força é diferente nas diversas fases do ciclo menstrual. Na fase estrogênica (pós-menstrual) o rendimento é melhor que na progestogênica (pré-menstrual) na qual, as atletas ficam irritadas e menos pacientes com os treinos (LEBRUN, 1995).
      Em 1997 a Federação Internacional de Handebol registrou mais de 2,2 milhões de atletas do sexo feminino em mais de 100 paises. Em contraste com esse número, existe pouca literatura sobre os aspectos anatômicos, psicológicos e principalmente hormonais que afetam o desempenho das praticantes dessa modalidade. Esse fato chamou a atenção do Dr PETRA PLATEN membro do Institute Of Cardiologiy And Sport Medicine, da German Sport Universite. Ele fez um estudo analisando o desempenho no treino, através de testes específicos, nas diferentes fases do ciclo menstrual. Os resultados preliminares desse estudo indicaram que as atletas têm uma adaptação mais alta de força e resistência na fase pós-menstrual.
      LEBRUM (1993), publicou uma revisão da literatura analisando os efeitos das fases do ciclo menstrual no desempenho atlético. A maioria dos achados relatou uma melhora na performance na fase pós-menstrual, com o inverso acontecendo na fase pré-menstrual. Porém verificou-se uma inconsistência nas pesquisas principalmente nas metodologias empregadas e na falta de concretização na determinação das diferentes fases do ciclo menstrual. Uma das pesquisas consistia numa entrevista com atletas, no qual 37 a 67% relataram que não percebiam nenhuma mudança significativa na performance em quaisquer fases do ciclo menstrual.

      Um estudo interessante publicado por JANSE et al (2001) analisou se havia mudanças nas características contráteis do músculo esquelético, medidas através de eletromiografia, durante as fases pré e pós-menstrual. De acordo com os resultados, não foram encontradas diferenças significativas em nenhuma função do músculo esquelético nas diferentes fases do ciclo.
DIBRIZZO et al (1991) mediram a força isocinética em mulheres que menstruam normalmente, nas diferentes fases do ciclo menstrual. Os resultados demonstraram que não houve diferença significativa nos níveis de força em nenhuma das situações analisadas.
Registros de medalhas de ouro e recordes olímpicos afirmam que estas conquistas ocorreram em todas as fases do ciclo menstrual, porém não se deve esperar que o desempenho seja sempre o mesmo, pois fatores hormonais e mesmo psicológicos afetam a performance.
Os principais prejuízos ocorrem na fase pré-menstrual (LEBRUN, 1993; DALY e EY, 1993; KEUL 1974). Muitos treinadores, na hora de montar o planejamento, levam em consideração as flutuações hormonais que ocorrem durante o ciclo menstrual e tentam adaptar o treinamento a essas mudanças. ZAKHAROV e GOMES (1992) descrevem a utilização de um mesociclo de treinamento, para atletas de esportes cíclicos, que leva em conta as variações hormonais que ocorrem durante o ciclo menstrual (tabela1).



DURAÇÃO DO CICLO
Etapa do ciclo 21-22 24-26 27-28 29-30 32-36Carga
Menstrual 1-4 1-4 1-5 1-5 1-5 Média
Pós-menstrual 5-9 5-11 6-12 6-13 6-16 Alta
Ovulatório 10-12 12-14 13-15 14-16 17-19 Média
Pós-ovulatório 13-18 15-22 16-24 17-2620-31 Alta
Pré-menstrual 19-22 23-26 25-28 27-30 32-36 Baixa

      A maioria dos estudos relata uma melhor performance na fase pós-menstrual, e uma redução acontecendo na fase pré-menstrual, não esquecendo que as funções fisiológicas e a especialização desportiva são altamente individuais. Os treinadores que conhecem e aceitam essa hipótese, planejam os treinos respeitando as mudanças que ocorrem durante o ciclo menstrual. A literatura relata abordagens que enfocam a dificuldade na estruturação da preparação física desportiva da mulher. Porém, várias pesquisas já fundamentadas, podem ajudar a planejar treinos de forma a controlar inúmeras variáveis, levando em consideração as flutuações hormonais, tais como: volume, intensidade, grau de dificuldade, tipo de combustível, estresse neural/ psicológico / metabólico, entre outras. A determinação das mudanças e em que fase do ciclo isso acontece, são de grande valia para a classe desportiva, no qual os treinadores adaptariam os treinos de forma a minimizar os prejuízos e maximizar os ganhos durante o planejamento. Podendo até agendar as competições para que coincidam com o período de melhor performance.
      O principal problema, no caso da preparação física das mulheres, é que a maior parte do planejamento é feita idêntica a dos homens. Muitos técnicos não consideram as mudanças que ocorrem durante o ciclo menstrual. Talvez porque as competições ocorram durante todas as fases do ciclo. Porém, tal justificativa não é mais aceita diante das exigências da preparação física atual das grandes atletas, no qual seus treinadores propõem uma periodização totalmente adaptada, levando em conta de forma integral todas as variáveis que influenciam na performance, incluindo claro: O ciclo menstrual.


TAMBÉM:http://fabyoesporte.blogspot.com/2011/10/intercambio-escolar.html
Professor; Fabio Rodrigues
FONTE: Oliveira

Força: Mulher x Homem

     Os níveis de força das mulheres, quando comparados de forma relativa, podem ser iguais ou maiores que os dos homens principalmente nos membros inferiores, porém inúmeras são as variáveis (intrínsecas e extrínsecas) que influenciam na mensuração desses valores.
      O índice elevado de ganho de massa muscular é genético, e caso a hipertrofia ocorra de maneira acentuada (que é difícil) é possível de ser controlado com o treinamento. O que não pode acontecer é um treinamento com sobrecargas inferiores a recomendada (exemplo- executar 8 repetições com carga para 15), pois assim dificilmente os benefícios do treinamento serão otimizados. 

Curiosidades 

  Segundo Wells 1978, as mulheres são tão ou até mais beneficiadas com o treinamento de força quanto o homem.
  Treinamentos de força para mudanças na composição corporal são da mesma magnitude em homens e mulheres (Fleck & Kraemer 1999)
  Em um treinamento de força idêntico as mulheres ganham força muscular na mesma velocidade ou maior do que os homens (Cureton et al 1988).
  Em geral ambos os gêneros tem o mesmo % de fibras tipo I e II (Drinkwater, 1984).
  Os homens em repouso têm 10x as concentrações de testosterona das mulheres (Wright, 1980). Isto pode explicar os maiores ganhos de hipertrofia muscular nos homens. 
Na verdade as qualidades inatas do músculo e seus mecanismos de controle motor são similares para as mulheres e homens, como verificou Schantz et al em 1983, através de tomografia computadorizada. Outros dados deste mesmo estudo confirmaram que os níveis absolutos de força foram maiores nos homens, porém não observaram diferenças quando a força foi expressa por unidade de área do músculo.
      Outros fatores que podem influenciar no desenvolvimento da força muscular são: recrutamento e sincronização de unidades motoras (McDonagh e Davies 1994), comprimento inicial do músculo ativado, ângulo e velocidade da ação articular, armazenamento de energia e mudança no comprimento do músculo (Wilmore e Costill 2001). Não podemos esquecer que o treinamento (musculação) também influencia na quantidade de força.

Principais Alterações promovidas pelo treinamento de força em mulheres:

Ganho de força (próximo ao dos homens);

Perda de massa corporal total (ficam aparentemente mais magras);

Perda de massa gorda;

Perda de gordura relativa;

Ganhos de massa magra isenta de gordura;

Tecido ósseo e conjuntivo sofrem alterações (aumento da densidade óssea);

Diminui o risco de lesões (esporte);

Aumenta o metabolismo de repouso (contribuindo para o emagrecimento);

Professor: Fabio Rodrigues
FONTE: http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_frame.asp?cod_noticia=1034