Missão Organizar as informações relevantes do universo da atividade física, conectando pessoas e gerando conhecimento, conveniência e negócios através da web. DEICHE SEU COMENTÁRIO!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Atividade Física X Promoção da Saúde

"Toda parte do corpo se tornará sadia, bem desenvolvida e com envelhecimento lento se exercitadas; no entanto, se não forem exercitadas, tais partes se tornarão suscetíveis a doenças, deficientes no crescimento e envelhecerão precocemente." Hipócrates
Ao longo da história a atividade física sempre esteve presente na rotina da humanidade sempre associado a um estilo de época, a caça dos homens das cavernas para a sobrevivência, os Gregos e suas práticas desportivas na busca de um corpo perfeito ou de cunho militar como o exemplo na formação das legiões romanas com suas longas marcha e treinos, mas essa relação entre a atividade física e o homem em sua rotina diária parece ter diminuído gradativamente ao longo de nossa evolução.
E a medida em que as ciências e seus inventos facilitavam nossos afazeres, o progresso trouxe uma situação um tanto dúbia, de um lado temos a redução da mortalidade por doenças infecto contagiosas e o aumento da longevidade do outro o aumento de doenças crônico degenerativas e a perda da qualidade de vida, porque o fato de viver mais não indica viver melhor, destacando a importância e a necessidade de hábitos como o cuidado com a dieta, pratica de atividade física regular, e evitar substâncias e atividades que possam acelerar a degradação do corpo humano.
Se a tecnologia e o progresso trouxeram facilidades, isso é inquestionável, mas junto incrementaram as doenças silenciosas formando uma epidemia que se estabele-se sem maiores sintomas em suas primeiras fases e vão gradativamente se desenvolvendo ao longo dos anos, identificadas como Doenças crômicos degenerativas, que tem sua origem em uma série de fatores como a predisposição genética, influência do meio externo e hábitos de vida e nesse último o nosso destaque ao grau de atividade física praticado.
Mas apesar desse formula milagrosa que é a atividade física estar presente em quase todos os meios de comunicação, cada vez mais a população apresenta problemas relacionados com a falta de exercícios, a desculpa mais freqüente é a falta de tempo ou falta de condições para prática que é agravada pela economia de movimentos em nossa rotina, como a comodidades do controle remoto, telefone celular, elevadores e escadas rolantes sem falar nas horas diárias dedicadas a televisão ou ao computador e infelizmente parece ser um fenômeno de dimensões mundial, pois uma das doenças associadas a falta de exercícios como a obesidade tem prevalência em quase todo planeta.
Como o avanço dessas epidemias silenciosas até o conceito de saúde teve de ser revisto e as instituições de saúde pública governamentais e não governamentais ressaltam a importância dos conceitos como promoção e prevenção na saúde com um destaque em hábitos mais saudáveis ao logo de toda vida e essas iniciativas foram divididas em duas frentes, uma de âmbito macro com o destaque em papel de políticas públicas (combate a poluição, preocupação com o meio ambiente) e outra com a necessidade do compromisso pessoal com a manutenção da própria saúde.
Para ressaltar o papel da atividade física basta comparar um pessoa ativa fisicamente de 60 anos com um inativo de mesma idade, quando comparados a diferença em ternos de índices fisiológicos são consideráveis as marcas, mas o que reflete em termos de qualidade de vida é que o ativo provavelmente terá maior mobilidade, automonia e manutenção de valências físicas como força muscular, flexibilidade e capacidade aeróbia, tão importantes em sua vida diária.
Baseado nesse novo paradigma, diversos programas e projetos foram implementados ao longo dessas últimas décadas, mas quase sempre destacando a importância do envolvimento pessoal e a necessidades de hábitos mais saudáveis como a pratica regular de atividades físicas.
Alguns dos Programas e Projetos implementados na Promoção Saúde através da Atividade Física
Programa NORTH KARELIAFinlândia - 1972
Programa Active Living Canadá - 1992
Programa Active for lifeInglaterra
Programa Challenge DayMundial ( UNESCO )
Programa Health people 2.000EUA
Programa Active AustralianAustrália - 1997
Programa Envelhecimento AtivoOMS - 1999
Programa Mexa-se MaisPortugal
Programa Agita São PauloBrasil - 1996
Programa Health people 2.010EUA
Mas por que toda essa preocupação com o grau de condicionamento físico da população mundial ? porque estudos longitudinais apontam para a relação direta e favorável entre o nível de aptidão física, o grau de atividade física praticada e a saúde, conforme o quadro abaixo demonstra quais as doenças que podem ser evitadas ou minimizadas com o ato de exercitar-se regularmente :
Doenças aterosclerótica coronarianaDiabetes melito tipo II
Hipertensão arterial sistêmicaOsteoporose e osteoartrose
Acidente vascular encefálico -AVCObesidade
Doenças vascular periféricaAnsiedade e depressão
Câncer de cólon, mama, próstata e pulmão
Fonte: Consenso da Sociedade Brasileira de Medicina Desportiva - 1999
E perante uma revisão das principais orientações quanto a prescrição da atividade física para a promoção da saúde se destacam:
Tipo de atividade praticada:
Escolha desse quesito passa pela interpretação do estado de saúde, nível de condicionamento físico, objetivos perante a prática das modalidades e afinidades pessoais, com a união desses fatores aumenta a possibilidade de permanência ao estilo de vida ativo.
Seria interessante incluir a variabilidade na escolha (praticar mais de um tipo de atividade), outro ponto seria a necessidade de associar o trabalho aeróbico, com o trabalho de força ou localizado e o trabalho de flexibilidade formando um programa completo em ternos de promoção da saúde.
Mas o que deve ser ressaltado é o investimento continuo no futuro onde as pessoas devem buscar formas de se tornarem mais ativas em suas rotinas diárias, subir escadas, sair para dançar, praticar atividades como jardinagem, lavar o carro, passear no parque, a palavra de ordem é movimento.
Freqüência semanal de prática
Duração da sessão
Intensidade das atividades -

Professor: Fabio Rodrigues
FONTE: Saúde Movimento
esse é o grande problema a ser equacionado, porque sua definição passa pela individualidade biológica onde cargas muito leves não trazem benefícios e cargas muito pesadas podem ser prejudiciais, mas se o objetivo é a promoção da saúde os estudos apontam como limiar mínimo de proteção cargas de leves a moderadas e recomendam a importância da regularidade e continuidade do trabalho, porque com a adesão ao um estilo mais ativo, geralmente existe um progressão natural da intensidade do trabalho. 
- aqui esta a grande novidade quanto a prescrição da atividades, antes era apenas recomendado atividades realizadas de forma continuas, nas pesquisas recentes apontam para benefícios de um novo conceito, a acumulação de cargas de trabalho em um mesmo dia, a indicação e para um mínimo de 30 minutos por dia, que podem ser realizados de forma continua ou acumulada em duas sessões de 15 minutos ou três de 10 minutos, o que facilita a adesão e prática de pessoas com pouca disponibilidade de tempo ou iniciante na prática de atividades físicas regulares.
- quanto a esse item existe uma relação direta com a intensidade do esforço, não se deve exercitar menos de 3 vezes por semana com o risco de não haver benefícios fisiológicos e cargas de trabalho muito intensas necessitam de repouso para regeneração após o esforço, mas para iniciantes e cargas de trabalho leves a moderadas a recomendação é para a prática na maioria dos dias da semana.

Benefícios da Atividade Física - Ponto de Vista

A prática de exercícios físicos proporciona inúmeros benefícios para qualquer ser humano. Particularmente na diabete, os exercícios possuem qualidades marcantes tanto na prevenção quanto no tratamento (CANCELLIÉRI 1999). Pacientes com diabetes freqüentemente têm múltiplos fatores de risco para doenças cardiovasculares, e um estilo de vida saudável, incluindo uma maior atividade física, é essencial para prevenir e tratar a diabete (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999). É importante ressaltar que existem várias formas de se prescrever a atividade física ideal para o diabético sendo necessário, entretanto, que se conheçam os benefícios e os possíveis riscos relacionados a esta população.

INTRODUÇÃO
A diabetes se refere a um conjunto de diversas doenças diferentes. Os tipos mais comuns de diabetes são o tipo 1, ou imunomediada diabetes melito, e o tipo 2, ou insulinorresistente diabetes melito. Um terceiro tipo, a diabetes melito gestacional, pode ocorrer durante a gravidez (AMERICAN DIABETES ASSOCIACION; 2002).
A diabete é uma doença causada pela hiposecreção de insulina pelas células beta das ilhotas de langerhans situadas no pâncreas. As células beta se tornam mais suscetíveis aos vírus, o que favorece o desenvolvimento de anticorpos auto-imunes que destroem estas células. Este processo pode ocorrer rapidamente ou ao longo de vários meses ou vários anos. Em outros casos parece haver uma simples tendência hereditária para a degeneração das células beta, ou para defeitos na regulação da secreção e/ou ação da insulina (GUYTON & HALL; 1997); (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999).
O que caracteriza o diabete é um aumento da glicemia de jejum e pós-prandial, que resulta da diminuição da secreção de insulina absoluta (como no tipo 1), ou relativa (como no tipo 2), da diminuição da ação da insulina ou de ambas (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999). Todas as causas de diabetes levam a hiperglicemia, que constitui a característica básica da doença (SILVEIRA NETO; 2000).
Fatores ambientais contribuem para a resistência à insulina, e sugere-se que estes fatores devem interagir com uma predisposição genética para que ocorra o diabete (SILVEIRA NETO; 2000). Os mais importantes são a obesidade (particularmente a deposição de gordura intra-abdominal), inatividade física e idade avançada. A inatividade é considerada o principal fator a explicar o excesso de peso encontrado na sociedade moderna. Inúmeros estudos têm demonstrado estreita relação entre consumo calórico, obesidade e inatividade, tanto em crianças quanto em adultos. A obesidade diminui o número de receptores insulínicos nas células-alvo da insulina em todo o corpo, fazendo com que a quantidade de insulina disponível seja menos eficaz na promoção de seus efeitos metabólicos, e a presença de concentrações elevadas de glicose e/ou ácidos graxos livres podem comprometer adicionalmente a função das células beta (GUYTON & HALL; 1997); (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999); (SILVEIRA NETO; 2000). A hiperfagia por si só, é responsável por alguns níveis de resistência à insulina, como se pode comprovar pelo declínio nos níveis de glicose plasmática ocorrido nos pacientes diabéticos do tipo 2 que se submetem a uma dieta de restrição calórica (SILVEIRA NETO; 2000).
No diabete melito, a maioria das características patológicas pode ser atribuída a um dos três efeitos principais da falta de insulina, a saber: (1) menor utilização de glicose pelas células corporais com o conseqüente aumento da concentração sanguínea de glicose; (2) depleção de proteínas nos tecidos corporais; e (3) aumento acentuado da mobilização de gordura das áreas de armazenamento da gordura, produzindo metabolismo lipídico anormal e também o depósito de lipídios nas paredes vasculares (GUYTON & HALL; 1997).
Na ausência de insulina ocorre a hidrólise dos triglicérides armazenados, liberando para o sangue circulante grande quantidade de ácidos graxos e glicerol, conseqüentemente a concentração plasmática de ácidos graxos livres começa a se elevar em alguns minutos (hiperlipidemia). O excesso de ácidos graxos no plasma promove a conversão pelo fígado de alguns ácidos graxos em fosfolipídio e colesterol, que leva ao rápido desenvolvimento de aterosclerose, arteriosclerose, cardiopatia coronária e lesões microcirculatórias, causando freqüentemente ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais e outros acidentes vasculares em pessoas com diabetes (GUYTON & HALL; 1997); (SILVEIRA NETO; 2000).
COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO DIABETE


Os pacientes portadores de diabetes representam um grupo susceptível a inúmeras complicações tanto crônicas quanto agudas, acarretando também na maioria dos casos problemas de repercussão psicossocial. A evolução do diabetes rumo às complicações crônicas está inteiramente relacionada com o mau controle da doença e, portanto, com a manutenção de níveis persistentemente elevados de glicemia; sendo assim, o controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue é a principal estratégia para a prevenção das complicações do diabetes (SILVEIRA NETO; 2000).
A principal morbidade da diabete está relacionada com as complicações em longo prazo da hiperglicemia crônica. Estas possíveis complicações podem ser divididas em complicações microvasculares como retinopatia (perda potencial da visão), falência renal (nefropatia), dano aos nervos periféricos (neuropatia), e danos ao sistema nervoso autonômico (neuropatia autonômica), e complicações macrovasculares como doenças cardiovasculares ateroscleróticas, vascular periférica e cerebrovascular, além de constantemente estarem associadas a outros fatores de risco ateroescleróticos mesmo em indivíduos não diabéticos como hipertensão arterial, hiperlipdemia, obesidade e resistência à insulina (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999).
Pessoas com diabete tipo 2 desenvolvem as mesmas complicações em longo prazo daquelas com diabete tipo 1 (incluindo retinopatia, nefropatia, neuropatia e doença macrovascular), e precisam ser triadas para esses problemas antes de iniciar um programa de exercícios (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999).
Segundo SILVEIRA NETO, os principais fatores de risco para o desenvolvimento de complicações macrovasculares e microvasculares são a hipertensão, a hiperlipidemia, a hiperglicemia, o sedentarismo e o tabagismo. Em todos estes fatores o professor de educação física pode interagir direta e/ou indiretamente através da mudança de comportamento de seu aluno, usando para isso a atividade física.

BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA


Desde 1922 vários autores verificaram a interação da insulina com a atividade física e os benefícios no tratamento do diabete. A partir de então a tríade dieta, medicamentos (quando necessário), e exercício, fundamentados em um processo educacional, formam o princípio do tratamento desta doença (SILVEIRA NETO; 2000).
Exercícios são a parte mais divertida da terapia do diabete. Pense no quando "divertido" é espetar a si mesmo com uma agulha ou uma lanceta, tomar pílulas, ou ter que mudar sua dieta, provavelmente suprimindo algumas das suas comidas favoritas. Compare isto com um igualmente importante para sua saúde jogo de tênis, ou uma noite dançante, um passeio de bicicleta, uma caminhada, ou uma refrescante natação. Absolutamente sem discussão (GRAHAM; 1995). Toda e qualquer atividade física pode ser de grande valia para o diabético, sendo necessário sempre se levar em consideração o atual quadro de saúde em que o aluno se encontra.
A maioria dos efeitos diretos da atividade física ocorre porque o exercício normaliza a glicose sanguínea, diminuindo a resistência de insulina e melhorando a sensibilidade a ela. Vários estudos têm demonstrado que o treinamento de exercício pode aumentar a ação da insulina ou diminuir a resistência à insulina, especialmente entre pessoas com alto risco para diabete ou com hiperinsulinemia. Outros estudos mostram que indivíduos fisicamente ativos têm menos probabilidade de desenvolver diabete do que indivíduos fisicamente inativos. O efeito da atividade física parece ser devido à adaptação metabólica do músculo esquelético (aumento da densidade capilar; maior capacidade oxitativa), ou a outras adaptações ao treinamento como um conteúdo aumentado de transportadores de glicose GLUT4 (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999). Como conseqüência, a captação de glicose pelo músculo é incrementada, independentemente de alterações na concentração de insulina circulante (SILVEIRA NETO; 2000).
Em adição à redução aguda da glicemia e ao aumento da sensibilidade à insulina, o exercício regular melhora vários dos fatores de risco reconhecidos de doenças cardiovasculares, como melhora do perfil lipídico (diminuição do LDL, aumento do HDL e diminuição do triglicérides) e da hipertensão, e indivíduos diabéticos têm um maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999); (CANCELLIÉRI 1999). A hipertensão está associada com um aumento da incidência e taxa de progressão de retinopatia diabética e neuropatia e, portanto, deve ser tratada de forma mais agressiva. É genericamente aconselhável que os pacientes que apresentem doenças microvasculares dos olhos e rins, já estabelecidas, não participem de exercícios que resultem em um aumento da pressão sistólica acima de 180 a 200 mmhg (SILVEIRA NETO; 2000).
A prática regular de exercícios físicos pode acarretar uma diminuição da dosagem de insulina, e sua importância é fundamental nas terapias onde se objetiva uma menor dosagem de insulina a ser administrada pelo paciente insulino-dependente (SILVEIRA NETO; 2000).
Os benefícios cardiovasculares e metabólicos do exercício são sustentados somente como resultado da soma dos efeitos das sessões de treinamento ou como resultado de mudanças, em longo prazo, na composição corporal (SILVEIRA NETO; 2000), e outro grande benefício da atividade física regular é seu efeito sobre a composição corporal, através do aumento do gasto de energia auxiliando a redução de peso, o aumento da perda de gordura e a preservação da massa magra. Aproximadamente 60% das pessoas com diabetes do tipo 2 são obesas no momento do diagnóstico. Provavelmente a distribuição central de gordura parece ser fator de risco primário adicional para o desenvolvimento do diabete tipo 2, uma vez que a adiposidade na área abdominal ao contrário da periférica eleva a probabilidade de que indivíduos desenvolvam resistência à insulina. A atividade física parece prevenir o diabete tipo 2 não apenas diminuindo a adiposidade, mas também afetando a resistência à insulina e a tolerância à glicose (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999).
SILVEIRA NETO relata em sua obra sobre o constante estresse psicológico pelo qual os recém descobertos diabéticos passam, e cita até mesmo como experiência pessoal (o autor é diabético tipo 1 desde os quatorze anos) o quanto à atividade física pode ser benéfica para o controle desde tipo de estresse; estresse este que pode ter conseqüências bastante negativas para o controle glicêmico. Parece que o estresse psicossocial exerce um efeito direto psicossomático nos mecanismos reguladores neuroendócrinos, que por sua vez, influenciam o controle metabólico. A prática de atividades física promove benefícios fisiológicos e psicológicos, sendo o aspecto de lazer e entretenimento proporcionado pela prática de atividades físicas e esportivas, altamente desejável.
Segundo o mesmo autor, os parâmetros psicológicos passíveis de mudança com o exercício físico podem ser assim visualizados:

DIMENSÕES
MUDANÇAS
DepressãoDiminui
Bem-estarAumenta
Atitude positiva em relação ao trabalhoAumenta
AutoconfiançaAumenta
AutoestimaAumenta

RISCOS DA ATIVIDADE FÍSICA
No entanto o exercício também pode piorar várias das complicações a longo prazo do diabete. Em adultos, o exercício pode precipitar angina de peito, infarto do miocárdio, arritmias cardíacas ou morte súbita se houver doença arterial coronariana subjacente. Para se aumentar à segurança, deve ser feita uma triagem cuidadosa em adultos para as complicações em longo prazo do diabete (retinopatia, nefropatia, neuropatia periférica, neuropatia autonômica), antes de prescrever um programa de exercício de intensidade moderada a vigorosa (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999).
A atividade também deve levar em consideração o estado do aluno no momento do início da mesma. Diante de um quadro de glicemia superior a 250 mg/dl, por exemplo, (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999), sugere-se a medição de cetona na urina. O quadro de cetonúria é potencialmente perigoso para o diabético e o exercício acentuará este quadro. Esta situação indica pouca insulina no organismo, com conseqüente diminuição da utilização de glicose como fonte de energia e incremento do metabolismo das gorduras, acarretando elevação dos lipídios e de seus subprodutos no sangue (CANCELLIÉRI 1999). Com este exemplo que não é raro, se percebe a importância de um controle glicêmico constante, que pode ser feito de maneira relativamente fácil através de um glicosímetro. Através deste recurso o diabético pode fazer ele mesmo o exame de sua glicemia em casa, ou na hora em que precisar e sem qualquer dificuldade, sendo os resultados bastante precisos e confiáveis. Sem um controle adequado da glicemia, o diabético fatalmente tenderá a evoluir para as temíveis complicações crônicas da doença (SILVEIRA NETO; 2000).
Lesões das articulações e dos tecidos moles podem ocorrer quando os pacientes com neuropatia periférica realizam exercícios vigorosos (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999).
O exercício agudo provoca um aumento da sensibilidade à insulina e aumento no metabolismo da glicose, que persiste por várias horas após o exercício, podendo ocorrer assim hipoglicemia durante ou após o exercício. De outro lado o exercício de curta duração e grande intensidade está associado normalmente com um aumento transitório nos níveis de glicemia, podendo ocorrer um quadro de hiperglicemia (FRONTERA, DAWSON & SLOVIK; 1999). A hiperglicemia se for grave o suficiente pode produzir lesão imediata e irreversível no sistema nervoso central. A glicose é o único nutriente   capaz de ser utilizado pelo cérebro, pela retina e pelo epitélio germinativo das gônadas em quantidade suficiente para supri-lo com a energia necessária (SILVEIRA NETO; 2000), sendo assim um estado de hipoglicemia severa pode ser potencialmente perigoso para o indivíduo.
Outro grande fator de risco em potencial relacionado ao diabete do tipo 2, é que grande parte de seus portadores não sabe que carrega esta enfermidade. Ás vezes a doença pode não apresentar sintomas e continuar evoluindo sem que se dê conta disto, e o diabete só será diagnosticado quando as complicações crônicas já se houverem estalado (SILVEIRA NETO; 2000).

Professor: Fabio Rodrigues
Referência Bibliográfica
CANCELLIÉRI, Cláudio; diabetes & atividade física 1999.
FRONTERA, Walter R., DAWSON David M. & SLOVIK; exercício físico e reabilitação 157:158; 202:214, 1999.
GRAHAM, Cláudia; the diabetes sports and exercise book, 1995.
Guia completo sobre diabetes da American Diabetes Association 2002.

GUYTON, Artur c. & HALL, John e; fisiologia humana e mecanismo das doenças 557:564, 1997.



SILVEIRA NETO, Eduardo; atividade física para diabéticos 2000.