Quando uma pessoa realiza uma atividade considerada suave para ela, ou porque a
atividade necessita de pouca energia ou porque a pessoa está bem condicionada, apenas
algumas fibras musculares são utilizadas. Nesse caso a produção de energia ocorrerá pela via
aeróbia, porque o oxigênio que chega pelo sangue é suficiente, e alcança todas as fibras
musculares ativas. Essas atividades são chamadas aeróbias e utilizam como substratos
energéticos predominantes o glicogênio muscular e os ácidos graxos livres provenientes do
tecido adiposo. Atividades mais intensas utilizam maior número de fibras musculares.
Quando aproximadamente trinta a quarenta por cento das fibras musculares disponíveis são
recrutadas, está-se em um nível de gasto energético de transição, chamado limiar anaeróbio.
Acima desse nível de contração muscular começa a ocorrer oclusão parcial da circulação
sanguínea, impedindo a adequada perfusão de todas as fibras musculares e assim precipitando
o metabolismo anaeróbio.
Nas fases iniciais de qualquer exercício a produção de energia é anaeróbia, mesmo que
a intensidade não seja alta, porque os mecanismos de captação, transporte e utilização do
oxigênio levam algum tempo para aumentar a eficiência. Nas fases iniciais do metabolismo
anaeróbio o substrato energético predominante é a fosfocreatina, que não forma ácido láctico,
e portanto a via metabólica é denominada anaeróbia aláctica. Nas atividades mais intensas,
após alguns segundos de anaerobiose aláctica, a produção energética passa a depender mais
do glicogênio, que decomposto parcialmente leva à produção do lactato. Sempre que ocorre
aumento do lactato a atividade é chamada anaeróbia. As atividades muito curtas e intensas,
dependentes da fosfocreatina, também são anaeróbias mas sem produção de lactato. A
produção aeróbia de energia sempre está presente mesmo nos exercícios anaeróbios, embora
nas atividades intensas e muito curtas seja desprezível. No caso de exercícios contínuos
intensos como pedalar ou correr com velocidade, a produção aeróbia de energia pode chegar à
sua eficiência máxima, conhecida como VO2 máximo. Nesses casos a produção energética
depende da glicólise anaeróbia, da oxidação da glicose do músculo e do sangue, e também da
oxidação dos lipídeos intra-musculares. Estes exercícios são acompanhado de altos níveis de
lactato sanguíneo e tecidual, caracterizando atividades anaeróbias muito intensas, toleradas
apenas por pessoas hígidas.
Os exercícios com pesos são sempre anaeróbios porque a oclusão da circulação
sanguínea intramuscular é grande. Assim sendo, a aerobiose ocorre apenas nas fases de
relaxamento muscular, que permitem a circulação do sangue, e é menor do que nos exercícios
anaeróbios contínuos. Embora os exercícios com pesos sejam sempre anaeróbios, a
intensidade somente será alta quando o grau de esforço também o for. Como veremos adiante,
pessoas debilitadas por diversas doenças crônicas ou sedentarismo toleram bem exercícios
com pesos com grau de esforço sub-máximo, porque a frequência cardíaca e a pressão arterial
não atingem valores elevados. Quem puder dar continuidade na leitura do livro de Jose. M S, vai se deliciar com uma bela apresentação a cerca da musculação.
Professor: Fabio Rodrigues
Autor: Jose Maria Santarem
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