Estima-se que 2% a 3% da população mundial possam ser afetados, com uma prevalência de 4,8% em homens e 2,5% em mulheres acima de 35 anos. Ela acontece, principalmente, entre a quarta e a quinta década de vida, com uma idade média de 37 anos. No entanto, existem descrições de ocorrência da hérnia de disco lombar em todas as faixas etárias, a partir da adolescência.
A obesidade, o tabagismo, exposição a cargas repetidas, vibração prolongada da coluna podem desencadear o aparecimento da doença discal da coluna lombar. Outro fator que está ligado à fragilidade do disco intervertebral é o fator genético. “Sabe-se que uma falha no funcionamento do gene aggrecan humano pode gerar alterações na proteína do disco intervertebral chamada proteoglicano. Com alterações nessa proteína, o disco intervertebral perde a capacidade de amortecer o impacto na coluna vertebral”, esclarece o Dr. Canto.
A hérnia de disco lombar é uma doença com uma boa evolução em grande parte dos casos. Essa patologia é caracterizada por uma fase aguda de dor intensa que, geralmente, acomete a coluna lombar mais baixa e uma das pernas. “O período de dor intensa pode durar de três a quatro semanas”, alerta o médico. Após essa fase inicial, o desconforto tende a diminuir, com uma permanência da dor de forma mais branda ou uma resolução desse sintoma. “Em casos mais raros, alguns pacientes também apresentam perda da força muscular nas pernas, diminuição da sensibilidade dos membros inferiores, alteração do funcionamento da bexiga e dos intestinos”, explica Dr. Canto.
Na maioria das vezes, o tratamento da hérnia de disco é feito com medicação oral, medidas para alívio da dor e bloqueios anestésicos transforaminais em casos de dores mais graves. “No decorrer de mais ou menos seis semanas, quando todas as medidas foram realizadas sem sucesso para alívio da dor, a cirurgia pode ser indicada”, finaliza.
Professor: Fabio Rodrigues
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