Canivete dos novos tempos, o smartphone, agora, quer cuidar da sua
saúde. Na Europa, aplicativos ligados a qualidade de vida estão entre os
mais baixados.
Um campeão de vendas é o programa que promete monitorar o sono. Outro é o
que mede frequência cardíaca usando a câmera do telefone.
No mês passado, nos EUA, os responsáveis por dois aplicativos que
pretensamente ajudam a tratar espinhas (emitindo luzes pelo aparelho)
foram acusados de propaganda enganosa e tiveram de desistir desse
negócio.
Para o usuário, luzinhas que curam acne estão no mesmo patamar de
maravilha duvidosa de controladores do sono ou do coração. Como separar o
que é milagre da tecnologia do que é só a boa e velha falcatrua?
"Programas que imitam o funcionamento de aparelhos usados em clínicas
têm mais chances de serem verdadeiros", diz o cardiologista Luiz
Bortolotto, do Instituto do Coração, em São Paulo.
Para emagrecer
A fotógrafa Katyúscia Campana, 33, que mede 1,54 m, pesa 65 quilos e
quer perder 8, usa o aplicativo Boa Forma desde que foi lançado.
É como uma calculadora de calorias. A lógica é estabelecer uma meta de
consumo para a pessoa considerando idade, sexo, o peso atual e o
desejado. Depois, vem a parte difícil: cada item de cada refeição é
adicionado à calculadora, que vai descontando o valor da sua cota diária
em uma matemática cruel.
Para Katyúscia, o fato de o programa ver o outro lado, isso é, as
calorias que você perde caso se exercite, serviu como estímulo: "Se
quero comer mais, dou umas voltas no quarteirão para compensar".
Durante suas voltas no quarteirão, o diretor de criação Fábio Boehl, 39,
se vale de três aplicativos para medir distância percorrida e calorias
gastas. "Uso o Nike + GPS, o Nike + iPod e o RunKeeper para monitorar
velocidade e distância." Ele corre há mais de um ano usando só o
celular. Perdeu 18 quilos.
"Sei que não é certo correr sem acompanhamento, mas aí já não é culpa do celular. Ele só controla o básico."
Para Jomar Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do
Esporte, o smartphone pode ajudar o sedentário a sair do sofá, mas só
deve ser usado sem medo por quem tem menos de 35 e saúde em dia: "Esses
sistemas usam médias populacionais. Quem está na média se dá bem, mas
quem está fora pode fazer exercício a mais ou a menos do que deveria".
A contadora Renata Alves, 43, também usa um aplicativo de corrida, mas,
antes, ela já tinha se viciado em checar batimentos cardíacos com o
"Heart Rate": "Poder conferir rapidinho se está tudo sob controle antes
de calçar o tênis é reconfortante", diz.
A pedido da Folha, Bortolotto, do InCor, testou o "Heart Rate", cuja
lógica é parecida com a do oxímetro de pulso, usado em consultórios para
medir a quantidade de oxigênio do sangue. "O celular lê a cor do dedo e
presume a frequência cardíaca".
Seu diagnóstico: o aplicativo funciona em boa parte dos casos, mas é
menos preciso que o teste clínico e não confiável para idosos, crianças e
pessoas de pele escura.
A estagiária Camila Suzuki, 25, gosta mesmo é de aplicativos para ficar
parada. Não passa um dia sem o "Sleep Cycle", que monitora o sono e
acorda o usuário no estágio ideal, evitando o atordoamento de quem
levantou na melhor parte do cochilo.
Pedro Rodrigues Genta, especialista em sono do Hospital das Clínicas,
explica que o programa funciona como um relógio actígrafo, usado para
monitar os movimentos noturnos. "Mas esse aplicativo manda você colocar o
celular ao lado do travesseiro. É improvável que o acelerômetro seja
sensível o suficiente para monitorar sem nem sequer tocar na pessoa."
Mas Camila não está nem aí: "Me acostumei com o alarme dele, toca 'new
age'. Também acho legal porque mostra quantas horas você dorme. No meu
caso, a média é péssima".
Professor; Fabio Rodrigues
FONTE: Cunha (2011).
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