esse paciente ainda precisa ser demonstrada. A seguir, será apresentado um modelo de programa de reabilitação cardíaca para o paciente portador de nsuficiência cardíaca que tem sido utilizado na Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício, do Instituto do Coração do HC-FMUSP, cujos resultados preliminares são bastante promissores.
Em nossa Unidade, inicialmente, é realizada uma avaliação clínica, na qual o cardiologista verifica, por meio de exames físicos e laboratoriais, se o paciente tem condições clínicas para participar do programa de exercícios. Em geral, têm indicação para a realização de exercícios físicos supervisionados aqueles pacientes em classes funcionais II e III da New York Heart Association (NYHA), com fração de ejeção do ventrículo esquerdo acima de 20%. Após a avaliação
clínica, o paciente realiza uma avaliação funcional cardiorrespiratória (teste ergoespirométrico) para avaliar não só sua capacidade funcional, mas, rincipalmente, para determinar os limiares ventilatórios durante o exercício, ou seja, o limiar anaeróbio (ou limiar ventilatório 1) e o ponto de descompensação respiratória (ou limiar ventilatório 2). Posteriormente, esses limiares serão utilizados para a determinação precisa da intensidade de exercício que o paciente deverá executar.
maior precisão na prescrição de exercícios. Por exemplo, estudo realizado em nosso laboratório(40), em indivíduos saudáveis, em que se comparou a prescrição de exercício a partir do porcentual de freqüência cardíaca
máxima atingida ou do porcentual de consumo de oxigênio estimado, calculado a partir de teste ergométrico convencional (prescrição indireta), com a freqüência cardíaca e o consumo de oxigênio medidos no momento em que ocorriam o limiar anaeróbio e o ponto de descompensação respiratória, avaliados num teste ergoespirométrico (prescrição direta), demonstrou
que a faixa ideal de intensidade de exercício físico era superestimada quando se utilizava a prescrição baseada no teste ergométrico convencional. Além
disso, essa distorção era maior em indivíduos com menor capacidade funcional. Esse fato tem implicações clínicas. Normandin e colaboradores (41) demonstraram que a superestimação provocada pela prescrição de exercícios baseada no teste de esforço convencional, isto é, com a intensidade de exercício muito além do limiar anaeróbio, pode provocar piora na função
ventricular esquerda durante o exercício, em pacientes com disfunção ventricular esquerda. Portanto, a prescrição inadequada, além de não
provocar os benefícios esperados, pode aumentar os riscos de um programa de reabilitação cardiovascular para pacientes portadores de insuficiência cardíaca.
A prescrição de exercícios para pacientes com insuficiência cardíaca deve levar em consideração o tipo de exercício que deve ser realizado, a duração
da sessão do exercício, a freqüência com que o paciente deve praticar o exercício e a intensidade do exercício.Professor: Fabio Rodrigues
FONTE: (apud; Rondom 2000)
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